domingo, 8 de maio de 2011

Влади́мир Влади́мирович Маяко́вский; (Maiakovski-1893/1930)

Maiakovski se afastou rapidamente do movimento futurista. Esse poeta tinha uma tendência para a criação de uma linguagem particular, o uso frequente de neologismo e o emprego arbitrário das partes do discurso com o desenvolvimento do uso de metáforas. A sátira aristofanesca da burguesia do Mistério do Bufo foi se transformando em poesia de propaganda proletária (Bem!; Para isto!; Lenin).
Depois da revolução comunista (1923) formou-se um grupo de poetas de esquerda (Lef-Levi frot iskust) encontrou aceitação a concepção realista-materialista de Maiakovski, a qual se desenvolveu a ponto de se identificar com o ateísmo comunista. A esquerda das artes eram escritores e artistas que pretendiam aliar a forma revolucionária a um conteúdo de renovação social.
Na Escola de Belas Artes conheceu David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética. Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do cubo-futurismo russo, ao lado de Khlenebnikov, Kamieski e outros. Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas realizaram viagens pela Rússia. Após a revolução de outubro, todo o grupo manifestou sua adesão ao novo regime. Durante a guerra civil, Maiakovski dedicou-se a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início, da consolidação do novo estado, exaltou campanhas sanitárias, fez publicidade de produtos livres.
A linguagem que empregava era a do dia a dia, sem nenhuma consideração pela divisão em temas e vocábulos "poéticos" e "não-poéticos", a par de uma constante elaboração que vai desde a invenção vocabular até o inusitado arrojo das rimas. Gosto pela hipérbole numa poesia crítico-satírica. Escreveu longos poemas e quadras e dísticos qu se gravam na memória; ensaios sobre a arte poética e artigos curtos de jornal; peças de forte sentido social, roteiros de cinema e filmes de propaganda.

Um comentário:

  1. Só tive a oportunidade de ler Maiákoviski em uma edição da afamada Ed. Martin Claret, a tradução não é muito boa, nem a compilação; Espero um dia ser fluente em russo para poder desfrutar plenamente dele.

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