terça-feira, 24 de maio de 2011

Maikoviski (Continuação)

Em dezembro de 1912, Maiakovski e seus amigos assinam um primeiro manifesto (A BOFETADA NO GOSTO PÚBLICO/Пощёчина общественному вкусу) no qual, em busca das " auroras das belezas desconhecidas", eles ordenam honrar os direitos dos poetas. A rebeldia era inerente a todo grupo de cubo-futuristas.

Seus poema, a partir de 1923, dispõem sobre o papel numa forma funcional, com a indicação das pausas, e que ao mesmo tempo utiliza o branco e o preto como um objeto visual.

Após a Revolução de Outubro, a atividade poética de Maiakoviski adquiri caráter diverso. Ele se torna poeta dos grandes auditórios, para os quais lê seus versos.

Dedica-se durante algum tempo à arte do cartaz, isto é, escreve quadro e dísticos para cartazes desenhados por ele mesmo e por outros artistas.

Frequentemente fazia versos para jornais sobre assuntos do cotidiano ou até anúncios dos produtos. É o poeta da poesia da comunicação direta.

Os estudos dos teóricos da LEF (ЛЕФ"/Левый фронт искусств) se interessavam pela mecânica interna da língua, forneciam-lhes um estímulo. Mais tarde, Maiakovski escreverá: "Para esses escritores que petendem ser materialistas, a língua é um material. E um artista altamente qualificado deve utilizar os instrumentos científicos e técnicos mais aperfeiçoados d seu tempo."

Nesses anos de revolução, o futurismo transforma-se em construtivismo. A arte é arrebatada na epopéia da produção em série, da edificação das bases materiais de uma sociedade nova.