sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

USO DO DATIVO (дательный)

Dativo (дательный) designa a pessoa ou coisa a que se dirige a ação. É o destinatário. Responde às perguntas: кому?  a quem?  чему? a que?

Emprega-se:

1) Com verbos cuja ação é dirigida a uma pessoa ou coisa: dar (давать), responder  (отвечать), mostrar (показывать), ajudar (помогать), escrever (писать) etc.

2) Com verbos que exprimem um estado da alma: agradar, gostar (нравиться), alegrar (радоваться) etc

3) Nas orações impessoais, com palavras como: bem хорошо, necessário (нужно), é possível (можно), agradável (прятно), difícil трудно, impossível (нельзя) etc

4) Com adjetivos como: fiel (верный), acessível (доступный).

5) Nas frases com substantivos derivados de verbos: помощь отцу.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SURGIMENTO DA IDADE DE OURO DA LITERATURA RUSSA

INTRODUÇÃO:
Na Rússia do século XIX, a literatura (e todos os tipos de arte) era um dos meios para tratar dos problemas e dos conflitos, expor as mudanças, as satisfações ou insatisfações que os pensadores e artistas russos possuíam em relação ao meio no qual estavam inseridos. Os escritores eram, pois, envolvidos nos problemas sociais vividos, estabelecendo vínculos com a sociedade por meio de suas obras.
PANORAMA HISTÓRICO DO SÉCULO XIX:
A aparição das relações capitalistas e a crise do feudalismo, na Rússia representada pela servidão do camponês, incitaram um vivo interesse pelas ideias da Revolução Francesa.
Os acontecimentos da França, as constantes insurreições dos camponeses, a adoção de ideias progressistas por numerosos membros da realeza ilustrada provocaram a reação de Alexandre I. E seus atos liberais criaram boas expectativas entre o povo e sobretudo nos jovens da nobreza ilustrada, entre os quias se contavam quase todos os literários e intelectuais da época.
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL E POLÍTICO
Em 1812 Napoleão invade a Rússia. Tal fato, fez surgir no povo russo um sentimento de povo vencedor, impregnado não só de patriotismo, mas também de revindicação social, encarnada sobretudo na legítima aspiração dos camponeses.
Essas ideias liberais levam a alguns escritores a criarem um movimento revolucionário de ideologia antifeudal e anticlerical inspirados nas ideias da Revolução Francesa. Entre eles estava Mikhail Lomonossov. Surge um círculo ilustrado na Rússia cujo nome era Sociedade Livre de amigos das Letras, as ciências e artes.
Junto com esta corrente ilustrada surge também um novo movimento ideológico: os dezembristas (14/12/1825).
 Os dezembristas revindicavam o fim do regime servil e consequentemente o fim do feudalismo, bem como a distribuição de uma parte das terras aos camponeses. Desejavam também a formação de um governo constitucional, a implantação da democracia representativa e um programa de incentivo às ciências e às artes. Os dezembristas, portanto, almejavam a aplicação de um programa mínimo capaz de criar condições de aproximar à Rússia dos países da Europa Ocidental. O tsar Nicolau I respondeu a essas revindicações com a força, isto é, reprimindo o movimento. Os representantes do movimento foram castigados ou executados. Este foi um governo do castigo físico, da repressão, da censura e da castração das atividades científicas e controle das artísticas.
OS CÍRCULOS LITERÁRIOS
Os círculos literários foram um produto moscovita (Universidade de Moscou). Os dois importantes componentes dos círculos mais famosos foram: Stankevitch e Herzen.Resultado do ensino da filosofia idealista alemã (Scheling, Fichte e Hegel). Surgiram os raznotchintsi que eram homens que vieram de várias classes sociais para vida intelectual russa. Os raznotchintsi tinham anulado todas as distinções de classe social e a literatura se tornara comum a todas as classes sociais.
Os grupos de intelectuais que se reuniam nos círculos eram formados por duas correntes teóricas do ocidentalismo e do eslavofilismo. O verdadeiro ponto de discórdia foi a maneira diferente como os ocidentalistas e eslavófilos apreciavam a obra de reforma de Pedro.
Opinião dos eslavófilos: Violação dos princípios autóctones, fundidos sobre a missão da Igreja Ortodoxa no sentido da salvação da humanidade cristã.
Opinião dos Ocidentalistas: Acreditavam no ponto de partida do despertar da Rússia e da formação da sua consciência moderna.
Bielisnky, Herzen, Turguiênev, por exemplo, eram inclinados na corrente Ocidentalista.

A QUESTÃO DA LÍNGUA E DA LITERATURA NACIONAL
No princípio do século XIX, o mundo literário havia plantado um problema fundamental: Como tinha que ser a língua literária e em que consistia o conceito de literatura nacional. Quando Puchkin começou a escrever se encontrou com ambientes literários divididos por uma polêmica. De um lado se encontrava o círculo dos amantes da língua russa (1811-1816), cujo cabeça era Alexksander Smiónovich Shiskov (1754-1841), presidente da academia rusыa e autor do severo regulamento de censura que se introduziria em 1826. A outra chamada Arzamás se agrupa em torno de Nikolai Mikhalovich Karamizin (1766-1826) historiador e representante da novela sentimental e Vassili Andreievich Jukoviski (1783-1852). Eram círculos literários que defendiam posições opostas sobre o conceito de língua literária e literatura nacional. Os Shishkovistas mantinham a distinção entre estilo elevado e estilo baixo, sustentavam que a língua literária deveria basear-se na da tradição escrita em eslavo eclesiástico para o estilo alto e a riqueza própria das fontes populares do russo para o estilo baixo; não aceitavam estrangeirismo, atacavam o estilo literário médio e as formas literárias menores. Os partidários de Karamizin defendiam a introdução de novas correntes literárias europeias, consideravam que deveria se escrever como se falava.
Puchkin estabeleceu relações com Arzamas, porém acreditava não se deve despreciar o tesouro eslavo eclesiástico, culto. Quem escreve exatamente como fala não sabe arte. Acreditava que devia se respeitar a essência da própria língua e evitar o emprego excessivo de estrangeirismos, mas isso não quer dizer que a língua não possa se enriquecer com palavras novas, cujo tema não haja no idioma.